segunda-feira

Arquivo Extraterrestre Brasil: O caso Varginha

Nota do Blogueiro: Eu pessoalmente conversei com dois moradores de Varginha e um deles me relatou o seu espanto com tanto aparato militar "...minha familia e eu fomos abordados, em uma via de terra, por carros do exercido fortemente armado..." disse meu contato em Varginha, o outro estranhou o fato do hospital local ter uma ala toda interditada para atender a ocorrência. Sem duvida quando a "caixa de pandora" for aberta, muita coisa vai ser esclarecida...

Varginha, Minas Gerais. Dia 20 de janeiro de 1996. No início da manhã, por volta das 8h00, a polícia local recebe chamados de pessoas relatando a presença de uma criatura estranha no parque da cidade. Horas depois, três garotas relatam ao ufólogo Ubirajara Franco Rodrigues terem visto uma outra criatura, semelhante aos relatos anteriores: um bípede de um metro e meio de altura, com olhos vermelhos, pele oleosa e marrom, com três estranhas protuberâncias na testa e uma pequena abertura na cabeça, parecida com uma boca.

"A minha primeira impressão foi de que algo estava sendo escondido na cidade. Isso porque as forças armadas locais, a PM e os bombeiros, visivelmente nos receberam com contradições e com ar de preocupação muito grande. Senti que estavam escondendo alguns fatos", relata Rodrigues, o primeiro ufólogo a investigar o caso. "Em primeiro lugar, pesquisamos essas instituições para depois nos dirigir às testemunhas civis que já comentavam pela cidade ter presenciado algo."

O Caso Varginha, como ficaria conhecido, é o mais famoso e intrigante incidente ufológico ocorrido no Brasil. Embora existam relatos de pessoas que viram as duas criaturas capturadas e até mesmo dos médicos que teriam cuidado delas em um hospital de Varginha, estas não se identificam, evitando dar entrevistas à imprensa. Se comprovado que eram criaturas extraterrestres (difícil, considerando que já se passaram oito anos), o fato provocaria uma crise institucional.

Primeiro, porque colocaria em xeque a inexistência de vida em outros planetas. Segundo, porque exporia ao público uma conspiração governamental para esconder os seres extraterrenos. "Hoje, temos a impressão de que tudo que conseguimos não é a totalidade dos fatos que ocorreram aqui. Temos algumas testemunhas, inclusive militares, que nos deram depoimentos, inclusive gravados, com a confiança de que isso jamais será divulgado", afirma Rodrigues, autor do livro "O Caso Varginha".

No entanto, é impossível afirmar que a criatura capturada em Varginha (se é que ela existe) é um extraterrestre. O próprio Rodrigues, que é professor de filosofia da FACECA (Faculdade Cenecista de Varginha), rechaça qualquer afirmação prematura sobre a origem do ser aprisionado. "A minha conclusão é que os fatos realmente ocorreram. Tratou-se da captura de duas criaturas não classificadas, desconhecidas biologicamente. Só isto. O que são, de onde vieram, se são extraterrestres ou não, tudo é mera especulação infantil de quem o fizer", afirma.

Após o "tratamento" no hospital de varginha, as duas criaturas teriam sido conduzidas, em um comboio militar, ao campus central da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde seriam examinadas pelo legista Fortunato Badan Palhares, no extinto Departamento de Medicina Legal. Alguns relatos dizem que, guardada em um porão, a criatura sobrevivente (uma delas teria morrido ainda na cidade mineira) seria tratada pelo próprio legista, alimentada apenas com iogurte. Versão que é desmentida pela instituição.

"Hoje, após a solicitação do Universia, voltei a fazer a mesma pergunta que fiz para o Badan Palhares em 1996. E, novamente, ele deu risadas. Esse é um mito antigo que existe em Varginha. Não existiu ET nenhum, nunca veio nada para cá", se diverte o coordenador de imprensa da Unicamp, Eustáquio Gomes. "Isso é mito puro. Esse é um grande mito que prosperou no imaginário popular e a universidade, naturalmente, não tem nada a fazer a não ser explicar que efetivamente isso nunca existiu."

Ufologia X Bioastronomia

A discussão sobre vidas em outros planetas não é, notoriamente, das mais recentes. Os debates, no entanto, vêm se tornando cada vez mais estéreis, uma vez que têm sido tomados por uma aura de misticismo. Influenciadas por suas crenças pessoais, muitas pessoas acreditam na existência de alienígenas sem nenhum embasamento científico. Segundo o astrônomo Ronaldo Mourão, a primeira coisa a se fazer é separar a Ufologia da Bioastronomia.

"Ufologia não tem nada a ver com vida extraterrestre. Ufologia é o estudo de objetos não-identificados. Se um objeto é identificado, ele passa a pertencer a outro campo de estudo. Até hoje os ufólogos não comprovaram nada e não utilizam um método cientifico para questionar o problema", opina Mourão. "A possibilidade de existir vida em outros planetas existe, mas não há comprovação até hoje. Em outros planetas, dentro do sistema solar, pode haver uma forma de vida rudimentar, mas ainda não sabemos."

O próprio ufólogo Rodrigues reconhece que a confusão entre a ciência e o misticismo tem sido prejudicial para os estudos científicos deste tipo de fenômeno. "Infelizmente, essa é a linha que atrai 90% do público. E isso atrapalha a evolução da ufologia como ciência. Nossa luta é tentar conscientizar o meio acadêmico de que o fenômeno merece atenção e estudo profundo, e as forças armadas e o governo também", aponta. "Esse lado místico impede que qualquer pesquisador de uma grande universidade se envolva no assunto sob pena de ser ridicularizado."

Quanto às convicções pessoais, os dois pesquisadores também estão de acordo. Ambos concordam na possibilidade de existir vida em outros planetas. "Pessoalmente, acredito que associando à probabilidade e analisando a quantidade de planetas que existem no universo, principalmente agora com a descoberta de praticamente outros 100 fora do sistema solar, a possibilidade é muito grande. É impossível que em um universo imenso como este só exista vida na Terra, ainda que seja mais atrasada ou mais avançada", finaliza Mourã.


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