sábado
Receita para um bom coração: uma cerveja por dia
Hemorróidas - Luiz Fernando Veríssimo
Vejam o que um amigo me mandou. O pai dele operou e escreveu!
Deixei exatamente como ele mandou. Afinal são pequenas palavrinhas sem maldade... Ri demais...
HEMORRÓIDAS
Ptolomeu em 150 d.C. falava que a terra era o centro do universo e que tudo girava em torno dela, foram precisos cerca de 1400 anos para esta teoria ser rebatida por Nicolau Copérnico provando para a humanidade que o Sol sim era o centro.
Eu, simplesmente eu, descobri em apenas três dias, após 56 anos, que ambos estavam redondamente enganados: o centro do universo é o cú. Isso mesmo, o cú!
Operei das hemorróidas em caráter de urgência algumas semanas atrás. No domingo à noitinha, o que achava que seria um singelo peidinho, quase me virou do avesso.
É difícil, mas vamos ver se reverte, falou meu médico. Reverteu merda nenhuma, era mais fácil o Lula aceitar que sabia do mensalão do que aquela lazarenta bolinha (?) dar o toque de recolher.
Foram quase 2 horas de cirurgia e confesso não senti nadica de nada, nem se me enrabaram durante minha letargia!
Dois dias de hospital, passei bem embora tenham tentado me afogar com tanto soro que me aplicaram, foram litros e litros; recebi alta e fui repousar em casa.
Passados os efeitos anestésicos e analgésicos, vem a primeira vez. PUTA QUI PARIU!!! Parece que você ta cagando um croquete de figo da Índia, casca de abacaxi, concha de ostra e arame farpado. É um auto-flagelo.
Por uns três dias dói tanto que você não imagina uma coisinha tão pequena e com um nome tão reduzido (cú) possa doer tanto. O tamanho da dor não é proporcional ao tamanho do nome, neste caso, cú deveria chamar dobrovosky, tegulcigalpa, nabucodonosor.
Passam pela cabeça soluções mágicas:
- Usar um ventilador! Só se for daqueles túneis aerodinâmicos.
- Gelo! Só se eu escorregar pelado por uma encosta do Monte Everest.
- Esguichinho dagua! Tem que ser igual a da Praça da Matriz, névoa seguida de jatos intercalados.
Descobri também que somos descendentes diretos do bugio, porque você fica andando como macaco e com o cú vermelho; qualquer tosse, movimento inesperado, virada mais brusca o cú dói, e como!
Para melhorar as idas à privada, recomenda-se dieta na base de fibras, foi o que fiz: comi cinco vassouras piaçaba, um tapete de sisal e sete metros de corda. Agora sei o sentido daquela frase: quem tem medo de cagar não come!
Tudo valeu, agora já estou bem, cagando como manda o figurino, não preciso pensar para peidar, o cú ficou afinado em ré menor, uma beleza!
O foda é que usei Modess por 20 dias após a cirurgia e hoje to sentindo falta dele!
Meu Deus!
segunda-feira
Nada de água: vida alienígena é mais provável em planetas desérticos
sexta-feira
Teoria: nosso universo pode ser parte de mais universos
Quando aprendemos nossos primeiros conceitos sobre astronomia, geralmente nos é ensinado que existe um único universo, com incontáveis galáxias, e que vivemos dentro de uma delas. Recentemente, no entanto, cientistas estão considerando a chance de haver mais de um universo.
Essa ideia, defendida por astrônomos de duas universidades britânicas, é por enquanto apenas uma hipótese. Basicamente, parte de uma teoria chamada de “inflação eterna”. Após o Big Bang, houve diferença na expansão do espaço-tempo (escala física usada para medir eventos espaciais) em lugares diferentes. Ou seja, cada fragmento de universo teria nascido de acordo com suas próprias leis físicas que regem o tempo e o espaço.
O que dá suporte a essa teoria, mais recentemente, é o estudo da radiação cósmica de fundo (CMB, na sigla em inglês). Essa radiação, que aparece no universo na frequência mais alta possível de microondas, deixa marcas no espaço-tempo. Segundo a teoria dos vários universos, essas marcas foram deixadas após a colisão dos vários universos ao longo de suas existências. Nosso próprio universo, portanto, poderia já ter colidido com um ou mais “vizinhos”.
Para que se possa entender esse mecanismo, os cientistas britânicos fizeram uma comparação com bolhas de sabão. Imagine que cada bolha de sabão é um universo, com suas próprias leis físicas de espaço-tempo. Quando duas bolhas de sabão encostam uma na outra, a área em que elas se tocam torna-se circular. Da mesma maneira, quando dois universos colidem, a radiação CMB resultante do choque também toma forma circular. Essa radiação circular, dessa forma, seria um sinal claro de que dois universos colidiram naquele ponto.
A parte prática desse estudo, medida a partir de um algoritmo criado pelos astrônomos, teve um resultado que agradou em parte os cientistas.
De fato, foi possível observar a incidência de CMB circulares em certas áreas do espaço, que foram marcadas como indicativos dessa teoria. Não se conseguiu, entretanto, definir um padrão para o aparecimento dessas CMB, que continuam parecendo aleatórias.
Um argumento, mais lógico do que propriamente físico, é usado pelos defensores da teoria. Segundo eles, o nosso universo é exatamente “desenhado” para que se possa haver vida, já que a harmonia entre constantes como a gravidade e a velocidade da luz permite isso. Seria muita coincidência, segundo eles, que em um único universo houvesse exatamente essas condições.
O que se buscará a partir de agora, portanto, é ordenar as observações para fortalecer essa teoria. Um satélite da Agência Europeia Espacial, chamado Planck, está no espaço desde 2009, e em 2013 deverá ter respostas mais detalhadas sobre a nova teoria. [LiveScience] [hypescience]