terça-feira

LHC. Enfim a colisão aconteceu...

LHC promove as primeiras colisões de partículas 'de laboratório' da história

Acelerador conseguiu fazer feixes de prótons trombarem a energia recorde.
Megatúnel de 27 km é o maior experimento da física de todos os tempos.

Foto: AFP

Cientistas do Cern celebram nesta terça-feira (30) o sucesso da experiência com o LHC, próximo à cidade suíça de Genebra. (Foto: AFP)

Foto: Maximilien Brice / Cern 20-01-2010

No fear - Uma série de ações contra o experimento já foram propostas em diferentes tribunais de todo o mundo. Até agora nenhum juiz considerou que o LHC pode, de fato, dar fim ao mundo como o conhecemos (Foto: Maximilien Brice / Cern 20-01-2010)

Cientistas anunciaram ter conseguido nesta terça-feira (30), pela primeira vez, a colisão de feixes de prótons no acelerador gigante de partículas LHC.

O maior experimento científico do mundo consiste em colidir partículas no nível mais alto de energia já tentado, recriando as condições presentes no momento do Big Bang, que teria marcado o nascimento do universo, 13,7 bilhões de anos atrás.

O Grande Colisor de Hádrons (LHC), situado em um túnel subterrâneo circular de 27 quilômetros de extensão sob a fronteiro franco-suíça, começou a circular partículas em novembro passado, depois de ser fechado em setembro de 2008 por causa de superaquecimento.

Foto: Maximilien Brice / Cern 16-06-2008

Um dos detectores do LHC (Foto: Maximilien Brice / Cern 16-06-2008)

A experiência teve sucesso depois de duas tentativas frustradas durante a madrugada. De acordo com os pesquisadores, ela abre portas para uma nova fase da física moderna, ajudando a responder muitas perguntas sobre a origem do universo e da matéria.

Assista, ao vivo, à comemoração dos cientistas

As colisões múltiplas a uma energia recorde (7 TeV, ou 7 trilhões de eletronvolts) criam "Big Bangs em miniatura", produzindo dados que milhares de cientistas passarão anos futuros analisando.

Acelerar prótons a 7 trilhões de eletronvolts significa que eles correm a 99,99% a velocidade da luz (cerca de 300 mil km por segundo), ou 11 mil voltas por segundo no megatúnel de 27 km.

Foto: Maximilien Brice / Cern 16-12-2009

Equipe de cientistas envolvidos nas experiências do Grande Colisor de Hádrons (Foto: Maximilien Brice / Cern 16-12-2009)

*Com informações da France Presse e da Agencia EFE e G1.com

A era da correria.

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quarta-feira

Estudo de galáxias valida Teoria da Relatividade em escala cósmica

Estudo de galáxias valida Teoria da Relatividade em escala cósmica










Mapa parcial da distribuição das galáxias feito pelo Sloan Digital Sky Survey, alcançando uma distância de 7 bilhões de anos-luz.[Imagem: M. Blanton, Sloan Digital Sky Survey]

Agência Fapesp - 11/03/2010

Teoria da Relatividade (cosmicamente) Geral

Depois de analisar mais de 70 mil galáxias, um grupo internacional de físicos concluiu que o Universo funciona de acordo com as regras descritas há quase 100 anos por Albert Einstein - tanto nas proximidades da Terra como a mais de 3,5 bilhões de anos-luz de distância.

Ao calcular a união dessas galáxias, que formam aglomerados e se estendem por quase um terço da distância até o virtual limite do Universo, e ao analisar as velocidades e distorções desse fenômeno, os pesquisadores demonstraram que a Teoria da Relatividade Geral se aplica ao que ocorre em escala cósmica.

Teorias alternativas

Outra consequência direta do estudo é que a existência de matéria escura é a explicação mais provável para a constatação de que as galáxias e os aglomerados se movem pela influência de algo a mais do que é possível observar.

"Uma consequência interessante ao lidar com escalas cosmológicas é que podemos testar qualquer teoria completa e alternativa da gravidade, porque ela deveria prever as coisas que observamos", disse Uros Seljak, professor na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, e no Instituto de Física Teórica da Universidade de Zurique, na Suíça, um dos autores do estudo.

"As teorias alternativas que não requerem matéria escura não passaram nos testes", disse Seljak. Uma delas é a teoria da gravidade tensor-vetor-escalar (TeVeS), que modifica a relatividade geral ao evitar contemplar a existência da matéria escura.

O novo estudo contradiz um outro divulgado no ano passado que indicou que o Universo em seu início, entre 11 e 8 bilhões de anos atrás, não poderia se encaixar na descrição relativística geral da gravidade.

O novo trabalho foi publicado na edição desta quinta-feira (11/3) da revista Nature e tem como um dos autores James Gunn, professor de física na Universidade Princeton e "pai" do Sloan Digital Sky Survey, projeto iniciado em 2000 que pretende mapear um quarto do céu, observando mais de 100 milhões de objetos.

Teste da Teoria da Relatividade

De acordo com a Teoria da Relatividade Geral, publicada por Einstein em 1915, a matéria (energia) curva o espaço e o tempo à sua volta - a gravitação é um efeito da geometria do espaço-tempo.

Isso significa que a luz se curva à medida que passa por um objeto de grande massa, como o núcleo de uma galáxia. A teoria foi validada muitas vezes na escala do Sistema Solar, mas testes em escala galáctica ou cósmica até então se mostraram inconclusivos.

Tais testes se tornaram importantes nas últimas décadas porque a ideia de que uma massa invisível permeia todo o Universo foi combatida por diversos físicos teóricos, levando a teorias alternativas que alteraram a relatividade geral de modo a não contemplar a existência de matéria escura. Alguns poucos pesquisadores chegam a defender que a Teoria da Relatividade é ideologia, e não ciência.

A teoria TeVeS, por exemplo, estipula que a aceleração causada pela força gravitacional de um determinado corpo depende não apenas da massa desse corpo, mas também do valor da aceleração promovida pela gravidade.

Energia escura

A descoberta da energia escura, a força misteriosa que causa a expansão acelerada do Universo, levou à formulação de outras teorias para explicar a expansão sem levar em conta a energia escura, cuja existência ainda é hipotética.

Segundo Seljak, testes para comparar teorias concorrentes não são fáceis. Experimentos cosmológicos, como detecções da radiação cósmica do fundo em micro-ondas, tipicamente envolvem medir flutuações no espaço, enquanto teorias gravitacionais estimam relações entre densidade e velocidade, ou entre densidade e potencial gravitacional.

"O problema é que o tamanho da flutuação, por ele mesmo, não nos diz coisa alguma sobre as teorias cosmológicas que estão por trás. Trata-se essencialmente de uma perturbação da qual gostaríamos de nos livrar", disse.

Ao usar dados de mais de 70 mil galáxias vermelhas distantes, obtidos pelo Sloan Digital Sky Survey, Seljak e colegas verificaram que a teoria TeVeS mostrou resultados além dos limites de erro estabelecidos. A Teoria da Relatividade Geral se encaixou dentro do limite.

Os pesquisadores pretendem reduzir a margem de erro e, para isso, querem ampliar o escopo da análise para 1 milhão de galáxias. A quantidade será possível com a entrada em operação do projeto Baryon Oscillation Spectroscopic Survey, previsto para daqui a cinco anos.

Bibliografia:

Confirmation of general relativity on large scales from weak lensing and galaxy velocities
Reinabelle Reyes, Rachel Mandelbaum, Uros Seljak, Tobias Baldauf, James E. Gunn, Lucas Lombriser, Robert E. Smith
Nature Physics
11 March 2010
Vol.: 464, 256-258
DOI: 10.1038/nature08857

quinta-feira

Imagem de um gorila aparece em foto de Marte?

NASA fotografa imagem parecida com macaco em Marte
Foto por Reprodução (thesun.co.uk)

Os cientistas da Nasa têm um veículo-robô para analisar a superfície de Marte. Nesta segunda (1º), em vez de acharem novas pistas de água no planeta vermelho, os astrônomos encontraram o semblante de uma estranha criatura caminhando sobre os rochedos: um gorila gigante, fazendo pose de conquistador do lugar.

Afoto do King Kongmarciano deixou o povo intrigado. O pesquisador britânico Nigel Cooper, 43 anos, que estuda imagens tiradas pela Nasa e postadas na web, afirmou, convicto:

- Trata-se de um bicho estranho, sem dúvida. Estou convencido de que há vida em Marte, afirmou Cooper ao jornal The Sun.
Não é a primeira vez que surge um ser assombroso entre as imagens captadas pela Nasa. Nunca na história desse planeta apareceu um King Kong, macaqueando com desenvoltura.

A Nasa desmentiu o episódio. Teorias da conspiração já circulam pela internet. Uma delas especula que Marte é o verdadeiro Planeta dos Macacos. A doutora Zira não quis comentar o caso

Fonte R7

Será este macaco um enviado do Dr. Gori?


Marte, mais imagens.

Nasa divulga foto de 'cratera invertida' em Marte

Mars Reconnaissance Orbiter enviou 100 terabytes de dados desde 2006.
Volume de informações equivale a 3 milhões de músicas em MP3.

Foto: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona

A Nasa divulgou a foto acima, de uma 'cratera invertida' em Marte, na região conhecida por Arabia Terra. A imagem foi captada pelo Mars Reconnaissance Orbiter, um satélite dedicado ao mapeamento do 'planeta enferrujado'. Desde 2006, o orbitador já mandou 100 terabytes de dados, o equivalente a 3 milhões de músicas em MP3. (Foto: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona via AP)


Fonte: g1.globo.com

terça-feira

Motivação: Matemática da vida

Se tiver que amar, ame hoje. Se tiver que sorrir, sorria hoje. Se tiver que chorar, chore hoje. Pois o importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha


Carpe diem*

Carpe Diem, aproveite o dia presente, escreveu Horácio, um poeta guerreiro que habitou o vasto império romano, em tempos do principesco Augustus. Sensível como um barômetro, o velho Quintus Horatius Flaccus um dia elevou o olhar aos céus e captou o fluir silencioso das águas do rio tempo. A visão da transitoriedade aflorou na sentença: Carpe Diem, aproveite o dia presente, pois ele é tudo que é dado ao homem usufruir. Passado é história, água corrida que não volta. Futuro é hipótese, probabilidade apenas, incerteza e risco, impalpável demais para ser levada tão a sério.

Carpe Diem, nestas duas palavras latinas, um alerta, um conselho, uma filosofia de vida. Viver é já. Existir é hoje. Nenhum tempo além. Nenhum lugar além. Se tiver de ser, que seja eternamente agora. Ou talvez jamais, porque as águas do rio tempo não voltam - e ainda que voltassem não nos encontrariam, pois não seríamos mais os mesmos. Tudo flui, dizia Heródoto. Tudo muda. A única coisa que permanece é a improcedência. Nada é eterno, pois que tudo é chama, fluxo, incapacidade, escorregar-se, deixar de ser. Carpe Diem. Se tiver de viver, que seja agora.

A advertência de Horácio é sábia. É sobretudo útil. Talvez mais útil ainda nestes tempos sobrecarregados, de cenhos sombrios, estafados na tentativa de construir defesas antecipadas contra difusos perigos de um amanhã improvável. Apólices de seguro na mão, e vamos nós, seguros e inseguros.

Carpe Diem, ouçamos Horácio, que perscrustou uma verdadeira profunda - e traduziu-a numa norma simples. Viver hoje - fazer hoje. Ser hoje. Sem essa de não poder ser feliz no domingo porque há contas a pagar na segunda. O conflito é amanhã? Deixa pra lá..... Amanhã você pode ser até enforcado, mas até que chegue amanhã, aproveite bem o seu pescoço. Viver no passado é neurótico, é inútil, é um viver virtual. Carpe Diem, colha seu dia, como quem colhe um fruto maduro, na hora exata. Um descuido e o fruto se perde.

Autor desconhecido


*Carpe Diem quer dizer colha o dia. Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.

Homem que trai é menos inteligente, diz estudo inglês

Fernanda Barbosa
do Agora

Os homens que traem as mulheres têm o Q.I. (coeficiente de inteligência) mais baixo, de acordo com um estudo realizado na London School of Economics and Political Science, da Inglaterra.

O autor, Satoshi Kanazawa, especialista em psicologia evolucionista, diz que a fidelidade é um sinal de evolução, porque a história do homem é de "poligamia relativa". A mudança de comportamento, para o professor, só pode ser feita por homens mais inteligentes, que se adaptam a novas ideias. A lógica, entretanto, não funcionaria para as mulheres, acostumadas à monogamia.

Kanazawa baseou o estudo no cruzamento de dados de duas pesquisas norte-americanas que enfocam as atitudes sociais e o Q.I.

O psicólogo e terapeuta familiar brasileiro Oswaldo Pazini não vincula a inteligência à fidelidade, mas afirma que os homens estão mais expostos à traição. "Quanto mais ele se controla, mais tem consciência de si." Já a historiadora e socióloga Rosana Schwartz, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, diz que a relação entre inteligência e fidelidade é difícil de comprovar. "O conceito de traição muda para cada sociedade. E eu não concordo em dizer que existam sociedades mais ou menos evoluídas."


Fonte:http://www.agora.uol.com.br